Malásia perde mais de US$ 1 bilhão com mineração ilegal de criptomoedas em 2025
- Qual é o impacto financeiro da mineração ilegal na Malásia?
- Como as autoridades estão combatendo o problema?
- Por que a mineração ilegal cresceu tanto?
- Quais são as histórias mais absurdas já registradas?
- Quais tecnologias estão sendo usadas no combate?
- O que dizem os especialistas sobre o futuro?
- Perguntas Frequentes
A Malásia enfrenta um prejuízo colossal devido à mineração ilegal de criptomoedas. Segundo dados oficiais, o país já perdeu mais de US$ 1 bilhão (4,6 bilhões de ringgit) em energia elétrica desviada por operações clandestinas entre 2020 e agosto de 2025. A Tenaga Nasional Bhd (TNB), empresa estatal de energia, lidera uma operação conjunta com autoridades locais para combater essa prática, que cresceu quase 300% desde 2018. Confira os detalhes desse cenário alarmante e as medidas adotadas para frear o problema.
Qual é o impacto financeiro da mineração ilegal na Malásia?
O prejuízo acumulado supera os 4,8 bilhões de ringgit desde 2018, segundo Akmal Nasrullah Mohd Nasir, vice-ministro da Transição Energética. Só em 2024, foram identificados 2.397 casos – um salto assustador comparado aos 610 registrados seis anos antes. A TNB estima que, em algumas propriedades, as perdas mensais chegam a 36 mil ringgit (cerca de US$ 7,7 mil). Para piorar, proprietários estão sendo responsabilizados por dívidas de inquilinos: 45 imóveis acumulam 8,5 milhões de ringgit em contas não pagas.
Como as autoridades estão combatendo o problema?
A "Operação Letrik" reúne polícia, agências anticorrupção e a unidade SEAL da TNB. Até agosto de 2025, já haviam sido inspecionadas 13.827 propriedades suspeitas, com confiscos de equipamentos como plataformas de mineração de Bitcoin. A empresa também está instalando medidores inteligentes em subestações para detectar anomalias no consumo em tempo real. "Criamos um banco de dados com nomes de proprietários e inquilinos envolvidos", explicou um porta-voz do ministério.
Por que a mineração ilegal cresceu tanto?
Dois fatores impulsionam o cenário: a valorização do Bitcoin (que incentiva riscos) e lacunas na legislação local. Como não há lei específica contra mineração de criptomoedas, os criminosos são enquadrados por fraude elétrica – manipulação de medidores pode render até 10 anos de prisão. "É um jogo de gato e rato", comenta um analista da BTCC. "Quando o preço sobe, sempre aparece gente disposta a burlar o sistema."
Quais são as histórias mais absurdas já registradas?
Num caso emblemático em Terengganu, 45 máquinas foram apreendidas em uma única operação. Já em Manjung, a polícia desmontou uma fazenda de mineração com 61 equipamentos – todos ligados em circuitos clandestinos. Alguns criminosos usam documentos falsos para abrir contas na TNB, deixando os donos de imóveis com prejuízos milionários. A empresa agora orienta proprietários a registrar contratos de locação no sistema para evitar golpes.
Quais tecnologias estão sendo usadas no combate?
Além dos medidores inteligentes, a TNB desenvolveu algoritmos que cruzam dados de consumo com padrões típicos de mineração. "Propriedades rurais que passam a gastar como indústrias são sinal vermelho", explica um técnico. Em Kuala Lumpur, sensores térmicos em postes identificam "hotspots" de energia – alguns escondidos até em lavanderias 24h.
O que dizem os especialistas sobre o futuro?
"A repressão deve intensificar, mas o problema persistirá enquanto houver lucro", avalia o time de pesquisa da BTCC. Dados da CoinMarketCap mostram que, mesmo com oscilações, o Bitcoin vale 60% mais que em 2020. Para o governo malaio, a solução passa por atualizar a legislação e educar a população – muitos proprietários nem sabiam que alugavam para mineradores.
Perguntas Frequentes
Qual o valor total das perdas com mineração ilegal?
As perdas acumuladas chegam a 4,8 bilhões de ringgit (cerca de US$ 1,02 bilhão) desde 2018.
Quantos casos foram registrados em 2024?
Em 2024, as autoridades identificaram 2.397 casos de mineração ilegal.
Quais as penalidades para quem rouba energia?
Manipulação de medidores pode resultar em multas de até 100 mil ringgit e/ou 10 anos de prisão.