Tether revoluciona IA: agora você treina modelos direto no celular e notebook
A Tether acaba de cortar o cordão umbilical da nuvem. A gigante das stablecoins lançou uma solução que joga o treinamento de modelos de inteligência artificial para dispositivos pessoais—celulares e notebooks comuns.
O que isso significa na prática
Esqueça servidores caríssimos e contas de AWS que beiram o absurdo. A tecnologia da Tether promete processar dados e ajustar algoritmos localmente. Bypassa completamente a infraestrutura tradicional. A privacidade ganha—seus dados não precisam sair do seu dispositivo.
O impacto no jogo financeiro
Isso não é só um avanço técnico; é um golpe estratégico. Ao descentralizar o poder computacional necessário para a IA, a Tether solapa ainda mais o domínio dos grandes provedores de nuvem—e, por tabela, do sistema financeiro tradicional que depende deles. É mais um passo para tornar a infraestrutura digital verdadeiramente peer-to-peer.
Um toque de cinismo para o setor
Enquanto os bancos tradicionais ainda discutem se blockchain é uma moda passageira, as empresas de cripto estão reescrevendo as regras da computação. A ironia? Eles podem estar usando a mesma energia que antes era gasta apenas para 'minerar' memes, para agora, literalmente, criar inteligência.
O futuro chegou—e ele cabe no seu bolso. A corrida pela IA não será vencida nos data centers, mas na ponta dos dedos de cada usuário. A Tether acabou de provar isso.
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A Tether Data apresentou hoje o QVAC Fabric LLM, um novo ambiente de execução e ajuste de modelos de linguagem que permite realizar inferência e fine-tuning diretamente em dispositivos do dia a dia. Em outras palavras, a solução permite treinar modelos de Inteligência Artificial (IA) de forma simplificada.
Fine-tuning consiste no processo de treinar um modelo de IA já pré-treinado em um conjunto de dados menor e mais específico para torná-lo um especialista em uma tarefa ou domínio particular.
PublicidadeA plataforma funciona em GPUs de consumo, laptops e até smartphones, eliminando a necessidade de servidores especializados ou infraestrutura de nuvem.
De acordo com o comunicado, publicado nesta terça-feira (2), com o QVAC Fabric LLM, a empresa introduz um modelo unificado capaz de executar e personalizar LLMs em uma ampla variedade de sistemas operacionais. O framework opera em Windows, macOS, Linux, iOS e Android. Ou seja, agora é possível treinar e adaptar modelos localmente, sem envio de dados para provedores externos.
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Tether lança solução com foco em modelos de IA
Um dos principais destaques é o suporte ao treinamento em GPUs móveis, incluindo chips Qualcomm Adreno e ARM Mali. Conforme afirmou a Tether, é a primeira vez que um framework de produção oferece capacidades completas de ajuste de modelos em hardware típico de smartphones.
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A funcionalidade abre caminho para aplicações de IA que aprendem com informações armazenadas no próprio dispositivo e funcionam mesmo sem conexão estável à internet.
A plataforma também amplia o alcance do ecossistema do llama.cpp ao incorporar rotinas de fine-tuning para modelos recentes como Llama3, Qwen3 e Gemma3. Esses modelos passam a ser ajustáveis em um fluxo padronizado, independentemente do hardware utilizado.
O sistema abrange equipamentos AMD, Intel, NVIDIA, Apple Silicon e processadores móveis. Na prática, isso descentraliza a infraestrutura antes concentrada em GPUs de alto desempenho.
Publicidade‘Inteligência Infinita. Antifrágil. Ubíqua’
O movimento tem implicações diretas para empresas que lidam com dados sensíveis. Com a possibilidade de ajuste local, departamentos internos podem adaptar modelos na própria infraestrutura corporativa, atendendo requisitos de segurança e conformidade sem depender de plataformas terceirizadas. O processo reduz custos de operação e distribui a carga de processamento para o parque de dispositivos já existente nas companhias.
O CEO da Tether, Paolo Ardoino, destacou que a iniciativa busca ampliar o acesso às ferramentas de IA e reduzir a dependência de provedores centralizados. Segundo ele, o QVAC Fabric LLM coloca usuários e organizações no controle do processamento, da personalização e dos dados envolvidos no treinamento.
“Inteligência Infinita. Antifrágil. Ubíqua. A base para um futuro de IA descentralizado e imparável”, tuitou Ardoino.
Fonte: Paolo Ardoino/X
O software foi disponibilizado de forma aberta sob licença Apache 2.0, acompanhado de binários multiplataforma e adaptadores no Hugging Face. A empresa informa que o processo inicial de fine-tuning ocorre com poucos comandos. Isso reduz barreiras para a criação de aplicações customizadas.
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