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Bitcoin é Halal? Especialistas em Finanças Islâmicas Explicam Tudo

Bitcoin é Halal? Especialistas em Finanças Islâmicas Explicam Tudo

Published:
2025-07-05 06:54:02
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A discussão sobre se criptomoedas como o Bitcoin são halal (permitidas) ou haram (proibidas) no Islã continua acalorada. Enquanto alguns estudiosos argumentam que a natureza especulativa e a falta de regulamentação tornam as criptomoedas incompatíveis com os princípios islâmicos, outros defendem que elas podem ser consideradas halal se usadas de forma ética. Este artigo explora os dois lados do debate, destacando argumentos de especialistas renomados, questões pendentes e o cenário atual de investimentos em criptomoedas no mundo islâmico. Descubra por que essa discussão está longe de terminar e como os investidores muçulmanos estão navegando por esse território incerto.

1. Bitcoin é Halal? O Debate que Divide Especialistas

A pergunta "criptomoedas são halal?" virou um quebra-cabeça para estudiosos islâmicos. De um lado, figuras como Mufti Taqi Usmani, ex-juiz do Supremo Tribunal do Paquistão, afirmam que criptomoedas são "apenas números imaginários" usados para especulação e atividades ilegais. Do outro, especialistas como Mufti Muhammad Abu Bakar, consultor da Blossom Finance, publicaram artigos defendendo que o Bitcoin é halal – um dos motivos para o aumento repentino no preço da moeda em 2018.

Mas por que tanta divergência? A resposta está na própria natureza das criptomoedas: descentralizadas, voláteis e sem lastro físico. Enquanto alguns veem isso como um risco, outros enxergam oportunidades. Em 2018, uma mesquita em Londres começou a aceitar Bitcoin para doações e Zakat, mostrando que a prática já está sendo adotada por algumas comunidades.

2. O Caso Contra: Por que Alguns Consideram Cripto Como Haram

Grandes nomes como Mufti Shawki Allam, Grão-Mufti do Egito, são categóricos: "Negociar criptomoedas é haram". Os principais argumentos incluem:

  • Uso em atividades ilegais: Relatórios da Europol mostram que criptomoedas são usadas em lavagem de dinheiro e comércio ilícito. Um estudo de 2019 da Oxford Academic revelou que 25% dos usuários de Bitcoin estão envolvidos em atividades ilegais.
  • Especulação excessiva: A volatilidade extrema, com quedas e altas bruscas, lembra jogos de azar – proibidos no Islã.
  • Falta de regulamentação: Sem controle de bancos centrais, criptomoedas operam em uma zona cinzenta jurídica.

"Moedas são originalmente um meio de troca, e transformá-las em commodities para lucro vai contra a filosofia da economia islâmica", diz Mufti Usmani. A Turquia também se posicionou contra, citando riscos de fraudes e ausência de supervisão estatal.

3. O Caso a Favor: Argumentos dos que Defendem Cripto Como Halal

Por outro lado, o Fórum de Economia Islâmica – um grupo de juristas e economistas – afirma que criptomoedas podem ser halal se não violarem três princípios:

Incerteza contratual (Gharar)

Segundo a Sharia, um contrato precisa envolver algo real (Mal). Como criptomoedas são ativos digitais armazenáveis e negociáveis, alguns estudiosos as consideram válidas. "Bitcoins têm valor porque as pessoas lhes atribuem valor", explica Mufti Faraz Adam, da Amanah Advisors.

Juros (Riba)

Como criptomoedas não envolvem juros, escapam dessa proibição central na finanças islâmicas.

Uso para atividades ilícitas

"Se um item halal é usado para fins haram, isso não torna o item em si haram", argumenta Abdulkader Hallak, consultor da Sarwa. Ele compara com ações – halal, mas que podem ser usadas em negócios proibidos.

Outro ponto forte: a descentralização. Para defensores, a ausência de um controle central evita manipulação da oferta monetária, aumentando a transparência. "Se as pessoas usam Bitcoin como moeda, então ele é uma moeda", resume Mufti Faraz.

4. Questões Pendentes: O que Ainda Preocupa os Investidores

Mesmo entre os que apoiam criptomoedas, há cautela. Dr. Humayon Dar, do Cambridge Institute of Islamic Finance, pede paciência: "A jurisprudência islâmica deve aguardar maior certeza regulatória". Três desafios principais persistem:

Regulamentação Global

Enquanto El Salvador adotou Bitcoin como moeda legal, China e outros baniram. EUA e Reino Unido buscam regulamentar. Essa falta de padrão dificulta uma posição única.

Aceitação como Meio de Troca

Se criptomoedas forem amplamente aceitas para transações diárias (não só investimentos), ganharão legitimidade. "Precisam ser seguras, rápidas e baratas", observa Ibrahim Khan, do Islamic Finance Guru.

Volatilidade

Embora a volatilidade do Bitcoin tenha diminuído com sua capitalização de mercado, especialistas divergem se isso continuará. Será que criptomoedas se tornarão ativos estáveis ou continuarão sendo apostas especulativas?

5. Investindo em Criptomoedas nos Emirados Árabes

Para quem quer entrar nesse mercado, plataformas como a Sarwa oferecem opções:

  • Sarwa Bitcoin: Para investidores passivos, com portfólio diversificado incluindo 5% em Bitcoin.
  • Sarwa Crypto: Permite compra e venda direta de várias criptomoedas, além de ações e ETFs.

Este artigo não constitui aconselhamento de investimento. Consulte um especialista antes de decidir.

Perguntas Frequentes

Bitcoin é considerado halal por todos os estudiosos islâmicos?

Não. Há divergências significativas. Enquanto alguns, como Mufti Abu Bakar, defendem que Bitcoin é halal, outros, como o Grão-Mufti do Egito, consideram haram devido a riscos de especulação e atividades ilegais.

Qual o principal argumento contra criptomoedas no Islã?

A natureza especulativa e a falta de lastro físico são as maiores críticas. Mufti Usmani compara criptomoedas a "números imaginários" usados em apostas, o que violaria princípios islâmicos.

Como investir em criptomoedas de forma halal?

Especialistas sugerem evitar alavancagem excessiva e focar em acumulação de riqueza a longo prazo, não em especulação de curto prazo. Plataformas como Sarwa oferecem opções Sharia-compliant.

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